General Eletric – GE lança equipamento de ressonância magnética com baixo de ruído. Tecnologia Silent Scan oferece mais conforto e silêncio nos exames.
Ruído do Silent Scan se aproxima do ambiente
Se você já fez exame de ressonância magnética, provavelmente, deve se lembrar do ruído – o “bêhbêhbêh” constante – que o equipamento emite durante o procedimento, com duração de até 40 minutos. No scanner convencional, os ruídos podem alcançar mais de 110 decibéis (dBA), equivalente a um show de rock.
Na ressonância magnética convencional, o ruído pode chegar a 110 decibéis.
Ruído do equipamento convencional de ressonância magnética (GE, 2015)
Lembra da última vez que você foi a um show de rock? Provavelmente a música era alta e boa. Mas, na ressonância magnética, a intensidade do ruído é a principal queixa dos pacientes que se submetem ao exame.
Por causa disso, pesquisadores da GE, nos Estados Unidos, desenvolveram a tecnologia Silent Scan e reduziram o ruído da ressonância para aproximadamente 78 decibéis, o que se aproxima do ruído do ambiente.
Ao invés de utilizar combinação de material de amortecimento acústico ou redução do desempenho para reduzir o nível de ruído, o Silent Scan possui novo tipo de tecnologia de ressonância magnética, onde não só o ruído é eliminado, mas sua fonte também.
Benefícios e utilização do equipamento no Brasil
A tecnologia Silent Scan oferece alívio para muitos pacientes e deve beneficiar crianças, idosos, pessoas com mobilidade reduzida ou que sofrem com claustrofobia e ansiedade.
Crianças e idosos são mais sensíveis à exposição a ruído que adultos. “Nas crianças, isso se deve ao fato da sua via auditiva central, que envia os estímulos elétricos para o cérebro, ainda estar se desenvolvendo. Nos idosos, a sensibilidade também tende a ser mais alta, pois apresentam os efeitos do acúmulo de exposições a ruídos durante toda a vida”, comenta Alice Penna, fonoaudióloga e Doutora em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da USP.
No Brasil, a Clínica de Diagnóstico por Imagem, CDPI, no Rio de Janeiro, já recebeu o equipamento Silent Scan. “Por causa do barulho, pacientes pediátricos, idosos, pessoas que realizam exames neurológicos, entre outros, sentem uma certa ansiedade. Eles ficam nervosos e acabam se movimentando muito durante o procedimento, o que compromete a obtenção das imagens”, comenta Guilherme Moura, coordenador médico da ressonância magnética da CDPI.
Na CDPI foi possível atender os pacientes de maneira mais humanizada. “Diminuímos a sensação de incômodo, além de melhorar a interação entre médicos, técnicos e pacientes. No atendimento às crianças, por exemplo, alcançamos um outro nível, pois, em um ambiente com menor grau de ansiedade, elas não se sentem assustadas e se tornam mais cooperativas”, relata o médico Guilherme.