Croatá Laguna Ecopark, no Ceará, é a primeira cidade inteligente e sustentável do Brasil cuja entrega está prevista para 2017. O empreendimento imobiliário resultou de parceria internacional e foi planejado para a população de baixa renda.
Em Croatá, distrito do município de São Gonçalo do Amarante, no Ceará, está sendo construída a primeira smart city social do país, cidade inteligente e sustentável que atenderá região com forte déficit habitacional e de outros serviços.
Será o primeiro protótipo real de cidade inteligente para população de baixa renda. Os lotes residenciais custam a partir de R$ 24.300,00, parcelados em até 120 meses, corrigidos pelo INCC e, após a entrega, pelo IGPM.
A primeira fase, constituída por 150 casas e toda a infraestrutura, deverá ser concluída em 2016. A smart city deve ficar pronta no final de 2017.
Croatá faz parte de região valorizada devido ao crescimento do Complexo Industrial e Portuário do Pecém. Até 2025, esse porto deve se tornar o segundo em movimentação de cargas no Brasil, depois do Porto de Santos.
Israelenses ajudam a construir, no Ceará, a primeira cidade inteligente para população de baixa renda
O empreendimento imobiliário é iniciativa conjunta das organizações italianas Planeta Idea e SocialFare Centro para Inovação Social e a israelense StarTAU Centro de Empreendedorismo da Universidade de Tel Aviv. Essa parceria internacional compartilha esforços para gerar impacto social e tecnológico.
Conhecedores da posição de Israel como líder no setor de alta tecnologia, os italianos buscaram em Tel Aviv startups de tecnologias altamente inovadoras que vão moldar o futuro das cidades inteligentes no Brasil.
As três empresas israelenses que participarão são Magos, fabricante de radares para segurança, GreenIQ, sistema de controle da irrigação baseado na previsão do tempo, economiza até 50% de água, e Pixtier, plataforma em nuvem de mapas 3D, permitindo planejamento e gerenciamento eficiente das cidades.
Em vez de morar em bairro anônimo do subúrbio, o habitante da cidade inteligente estará imerso no sistema social integrado, com sinal wi-fi liberado, mediante aplicativos específicos para serviços. O sistema permitirá acessar transporte alternativo, compartilhar bicicletas e motos, fazer pagamentos via smartphone, reaproveitar águas residuais, controle computadorizado da iluminação pública e praças com equipamentos esportivos que geram energia.
A tecnologia também auxiliará a desenvolver programas sociais, incluindo cursos de prevenção médica, nutrição, alfabetização digital e hortas compartilhadas.
A ideia da smart city social insere-se no contexto internacional, sobretudo países emergentes, em função de dois fenômenos: fluxos migratórios de áreas rurais aumentarão a população nas cidades dos atuais 50% para 80% nos próximos 25 anos; 27% da população mundial têm menos de 15 anos. Nos próximos anos, essas pessoas entrarão para o mercado de trabalho e precisarão de casas e serviços.
Os seis pilares da smart city social são: planejamento urbano e organização, arquitetura além das regras tradicionais da habitação social, tecnologia dedicada, mobilidade inteligente, vida comunitária e energia limpa. “Essa tipologia de cidade nasce para gerir de forma ordenada tais fluxos com serviços inovadores”, disse Gianni Savio, diretor geral da Planet Idea, à revista Comunità Italiana.
Informações sobre as empresas e o empreendimento
Planet – empresa italiana que inovou criando o conceito de cidade inteligente social e desenvolve soluções tecnológicas para o crescimento sustentável. Acesse: www.planetsmartcity.com
Fonte: Confederação Israelita do Brasil – Conib, publicado em 28/03/2016.